Se você é mãe, sabe o quanto é desafiador deixar seus filhos completamente longe das telas.
Aqui em casa, tentamos ao máximo, entreter nossa filha de 3 anos com atividades e brincadeiras, mas para a nossa realidade, é impossível fazer isso 100% do tempo.
Quando se trata de telas para crianças, eu acredito que é possível chegar em um equilíbrio. Primeiro, estabelecendo um limite de tempo de tela e, segundo, fazendo uma curadoria no tipo de desenho que as crianças vão assistir.
Além de ser importante buscar desenhos e programas que tenham um conteúdo educativo, tem um conceito novo e interessante surgindo que são os Desenhos de Baixo Estímulo.
O que são os Desenhos de Baixo Estímulo
Para entender mais facilmente o que são dos Desenhos de Baixo Estímulo, vamos começar analisandos os desenhos de Alto Estímulo.
Desenhos de Alto Estímulo, como por exemplo os da Galinha Pintadinha e do CocoMelon, possuem cores muito vibrantes e saturadas, músicas repetitivas e agitadas, e cenas que mudam em uma velocidade muito rápida.
Esse tipo de desenho acaba deixando as crianças viciadas e querendo assistir, cada vez mais episódios, em um looping sem fim.
Além deste efeito viciante, as animações de Alto Estímulo, por oferecerem intensos estímulos visuais e sonoros, podem deixar os pequenos agitados, muito estimulados e em alguns casos, até irritadiços e sem paciência.
Um estudo, publicado em 2011, no Jornal Oficial da Academia de Pediatria Americana, mediu o impacto imediato de desenhos de ritmo acelerado nas funções executivas (ex. memória, auto regulação) de crianças pré-escolares.
A conclusão do estudo foi que somente 9 minutos de exposição a desenhos de ritmo acelerado tiveram efeitos negativos nas funções executivas de crianças de 4 anos de idade. As que assistiram este tipo de desenho performaram significativamente pior que os 2 outros grupos: um que assistiu a um desenho educacional e outro que participou de uma atividade de desenhar.
Os Desenhos de Baixo Estímulo, por outro lado, são caracterizados por terem um ritmo mais calmo, cores menos saturadas e mudança de cenas menos frequentes. Os principais benefícios deste tipo de desenho são:
- Reduzem a alta estimulação sensorial da criança, evitando que fiquem muito agitadas e irritadas durante e após a exposição às telas.
- São menos viciantes que os desenhos de alto estímulo, possuem um formato que não têm aquele efeito hipnotizador nos pequenos.
- Por não serem recheados de estímulos visuais e sonoros, ajudam a criança a manter o foco no enredo e no conteúdo educativo do programa.
Onde assistir os Desenhos de Baixo Estímulo?
Agora que você conheceu este novo conceito de Desenho de Baixo Estímulo para Crianças, tenho certeza de que você vai querer ao menos experimentá-los.
Vamos deixar aqui o link para você conhecerem nossos posts com lista de sugestões de desenhos para você assistir com seus filhos, independente do streaming que você possui:
11 Desenhos Educativos e de Baixo Estímulo na Netflix
9 Desenhos de Baixo Estímulo no Youtube
6 Desenhos de Baixo Estímulo na Disney Plus
9 Desenhos de Baixo Estímulo na Amazon Prime
Nossos Desenhos Favoritos
Acho muito legal quando minha filha e eu conseguimos assistir juntas os desenhos e ambas conseguem se divertir!
Aqui os 2 desenhos de baixo estímulo que mais gostamos de assistir:
LLama LLama: desenho sobre um pequeno llama e as aventuras que vive junto com sua família e amigos. Acho muito interessante assistir como os personagens desse desenho vivem em uma comunidade de amigos que se ajudam muito. Além disso, é legal ver a Mamãe Llama (uma mãe solo) e a forma respeitosa que ela tem na educação com o seu filho.
Onde Assistir: Netflix
Bluey: esse é um dos meus desenhos favoritos! O desenho é sobre uma família de cachorros e seu dia a dia. A forma como o enredo é desenhado e os diálogos são tão inteligentes que acabam agradando tanto as crianças, quantos os adultos.
Onde Assistir: Disney Plus
Tempo de Tela para Crianças
Algo importante para se mencionar, é que apesar dos Desenhos de Baixo Estímulo apresentarem mais benefícios que os demais, ainda se trata de expor as crianças às telas.
Existem vários estudos que trazem os efeitos nocivos da exposição excessiva de telas para as crianças, como atrasos no desenvolvimento cognitivo e de fala, problemas no sono, dificuldades sociais e emocionais, entre outros.
Recomendo que leia este post sobre Tempo de Tela por Idade da Criança, onde você poderá consultar o tempo recomendado para cada fase do seu filho.
